Assunto novo e, até por isso, ainda muito nebuloso para a maioria das pessoas, o Metaverso, um novo mundo virtual, tem se aprimorado a cada dia e, principalmente para os amantes de tecnologia, é um tema que está em pauta, e em alta. Mas falar sobre Metaverso não é problema para os experts do escritório de arquitetura FGMF. Há 24 anos no mercado, o escritório, que tem como sócios Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Maurício Marcondes Ferraz, lançou um projeto composto por três edifícios, todos de uso misto com lojas, escritórios e apartamentos, dentro do MyLand que, segundo Gimenes “é um Metaverso como outros, a exemplo do Sandbox, Decentraland etc.” Dentro do MyLand há o Gênesis, “o primeiro projeto de um empreendimento com 10 mil unidades”, explica.
MyLand funciona igualmente como qualquer outra plataforma. “Cada uma tem um tipo de gráfico, um tipo de funcionamento, um tipo de público. Gosto de entender que cada plataforma é uma ‘cidade’, dentro da qual há inúmeras atrações, negócios, atividades. Por enquanto, os metaversos ainda não se conversam, mas no futuro vai haver uma interoperabilidade: um avatar de um metaverso poderá viajar para outro, portando seus NFTs, ‘identidade’ etc. Vai ser como morar em São Paulo e visitar Nova York. Vai ter espaço para vários metaversos complementares e com atrações distintas”, prevê Gimenes.
Um dos pioneiros neste tipo de empreendimento, o sócio da FGMF, fala sobre esse mercado virtual. “Ainda é muito novo. Foi uma experiência muito interessante e estamos organizados para atender a essa nova demanda. Acreditamos no crescimento desse tipo de projeto, talvez não imediatamente, mas deve haver um maior interesse no médio prazo.” Gimenes explica que além dos projetos dos edifícios, o escritório também assinou “algumas versões de interiores para as unidades residenciais.”
‘MyLand Metaverse’ foi pensada para ser um hub para empresas se conectarem com pessoas e comunidades. O espaço virtual foi criado para artistas, criadores e profissionais a fim de ser um ponto de intersecção entre cultura e negócios. Leonardo Bartz, fundador da Mint Studios, que desenvolveu o projeto, explica que empresas e marcas serão incentivadas a construir escritórios metaversos em MyLand, onde poderão realizar reuniões virtuais, criar apresentações sobre seus produtos ou serviços e organizar workshops para pessoas em todo o mundo. As empresas imobiliárias podem criar modelos virtuais de seus edifícios do mundo real dentro do MyLand, permitindo que seus clientes visitem e interajam nesses espaços.
O projeto Gênesis assinado pela FGMF traz torres com alturas diferentes, sendo a menor com 330 metros e 72 andares e a maior com 456 metros de altura e 84 andares. “Todas as unidades residenciais, exceto as unidades duplex, ficarão acima das unidades comerciais. As unidades duplex serão independentes no térreo. Algumas residências terão uma extensão de deck (terraço) com exuberante vegetação tropical embutida para criar uma atmosfera zen e os decks das unidades duplex trazem mais um benefício: darão acesso ao lago central. Isso dá aos proprietários do duplex a flexibilidade de possuir e abrigar um veleiro ou um iate no futuro”, revela Leonardo.
Já houve um pré-lançamento em dezembro de 2022 e, segundo conta o fundador da Mint Studios, foram vendidas 400 unidades. “O projeto será faseado e lançado por torre. Em média venderemos 3.333 apartamentos por torre, aproximando 10 mil unidades no total.” As unidades são vendidas apenas na criptomoeda Ethereum. Para ter uma ideia, o valor da unidade, independentemente de seu tamanho, à época do pré-lançamento era de mais ou menos R$ 700,00, equivalente a 0.05 eth. Mais um atrativo, por ora, do mundo virtual.
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